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Ouvintes e autênticos em tempos de mudança

Texto Vânia Guerreiro

Fotografia Luis Viegas

Mudar uma situação com impacto no futuro. Conduzir mudanças transformadoras. Essas são as capacidades de um game changer. O que mudou? Tudo. Quem foram os game changers? Todos nós. Cada um no seu papel.

3 min. leitura

  1. Ouvintes e autênticos em tempos de mudança

C

Continuamos a apresentar os perfis dos game changers que estão a mudar as regras do jogo neste momento ímpar que vivemos. E tu? Que game changer és?

És autêntico?  
Dizemos as coisas como elas são.

Construímos confiança. Somos transparentes, honestos, responsáveis e autênticos. Ou fazemos bem ou não fazemos de todo. Baseamo-nos em factos e respeitamos todos. Não toleramos mentiras, segredos ou desculpas. Nada de «tangas».

A integridade e a verdade das informações comunicadas são fatores determinantes para a construção de um coletivo mais consciente e unido em torno de um propósito comum. Principalmente, em momentos de crise. Durante os últimos meses, a prioridade da administração tem sido a informação clara, objetiva e atempada sobre todas as adaptações na empresa, desde o plano de contingência, a aplicação de regime de layoff e a informação sobre casos confirmados de infeção e também sobre os deveres cada colaborador(a). Sem «tangas».

És um ouvinte?
Empenhamo-nos no feedback.

Promovemos um ambiente de trabalho aberto e seguro. Escutamos todos ativamente. Assumimos as nossas fraquezas. Reconhecemos que o feedback é essencial para o crescimento.

O sucesso de um pacote tão abrangente de medidas de proteção de saúde e segurança no contexto da pandemia de COVID-19 não resulta da unilateralidade da sua decisão e aplicação. Houve aspetos bem-sucedidos, porém adaptámos o plano inicial de acordo com o feedback que os colaboradores continuam ainda a partilhar.

João Monteiro, Team Leader da zona G (linha das portas), na Montagem

Durante o período em que estive em casa recebia a informação, inicialmente só pelos meios de comunicação da empresa, a E-app e o e-mail. O meu supervisor também ligava e falávamos por telefone. Mas depois, criamos um grupo para mensagens com todos os membros da equipa, onde o meu chefe direto colocava a informação recebida disponível e tirámos as dúvidas.

O João partilha ainda que sempre se sentiu preparado para regressar ao trabalho: «Tive sempre informação necessária e no tempo certo para poder atuar. Toda a equipa de Team Leaders fez a receção às equipas e deu a formação em segurança industrial a todos os membros das equipas, para os preparar para esta nova realidade.» E reconhece que «foram sessões muito importantes para receber também a sua opinião e escalar as suas preocupações. Todos sentimos que a abertura ao feedback e sugestões, principalmente com o envolvimento da produção e da segurança industrial, foi ótima e traduziu-se em algumas melhorias. A equipa ganhou confiança e mais segurança.»