Mário Rodrigues é o novo diretor de produção
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Mário Rodrigues
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Mário Rodrigues é o novo diretor de produção
A 1 de janeiro de 2023, Mário Rodrigues assumiu a liderança da direção de produção da Volkswagen Autoeuropa. Sucede a João Melo, que exerceu o cargo desde 2014.
Acompanhámos alguns momentos da passagem de testemunho e em entrevista partilharam as suas perspetivas sobre a gestão de produção no momento atual da fábrica. João Melo é colaborador da Volkswagen desde 1992 e no seu percurso construiu uma carreira internacional no Grupo. Mário Rodrigues, de 58 anos, começou a sua carreira na Volkswagen em 1994 e durante 15 anos passou por várias empresas do Grupo Volkswagen.
Como foi feita esta passagem de pasta?
João Melo - Conheço o Mário há muitos anos, já trabalhámos juntos, daí que não vou ter dificuldades em passar o testemunho. O Mário é uma pessoa com muita experiência, por isso passámos duas semanas juntos de forma a que ele fique a conhecer as rotinas e os projetos que estão em curso.
Mário Rodrigues - A transição foi feita durante o mês de dezembro e foi muito tranquila. Além de conhecer muitas pessoas de todas as áreas de produção e Business Unit do Too&die, também conheço o João Melo, que foi meu chefe durante a minha passagem pela Montagem e é um dos profissionais de referência da Autoeuropa e um dos responsáveis por ter feito esta fábrica chegar até aos dias de hoje.
Como se gerem equipas de produção?
João Melo - Na produção, tal como noutros setores, as equipas são compostas de pessoas, por isso gerir equipas de produção significa gerir pessoas em todas as vertentes de formação, desenvolvimento, motivação, gestão de conflitos, reconhecimento e comunicação.
Mário Rodrigues - A produção é uma atividade muito direcionada e com objetivos muito claros e concretos, mas devemos estar sempre muito atentos às pessoas que geram esses resultados, ao seu bem-estar e satisfação por trabalhar na Volkswagen.
Que valores devem pontuar a liderança de produção de uma organização?
João Melo – Os principais valores que devem pontuar a liderança de produção de uma organização devem ser integridade, coragem, desenvolvimento de pessoas, comunicação, foco nos resultados e empreendedorismo.
Mário Rodrigues - A produção numa fábrica é sempre a maior área, com mais pessoas, com mais recursos e responsável por gerar os nossos salários. A colaboração entre áreas é fundamental para que a nossa fonte funcione bem. A harmonia e confiança deve ser o valor a alimentar para não perdermos tempo com atividades sem valor acrescentado. Confiança é a base para uma grande organização funcionar.
A gestão de equipas atualmente é igual ao que era há 30 anos? O que mudou?
João Melo - Não, de forma alguma. Quando começámos a cultura no chão de fábrica foi muito influenciada pela cultura da Ford. Era uma cultura bastante autocrática, baseada na disciplina e muito focada nos resultados. Hoje o respeito pelas pessoas, o seu envolvimento nas decisões é maior. Também porque a organização está mais madura o nível de delegação é muito maior. Foi impressionante assistir na passagem de 5 para 19 turnos por semana, como as pessoas que nesse processo foram promovidas, rapidamente começaram a apresentar resultados tão positivos.
Mário Rodrigues - Como no geral das empresas, todos estamos mais atentos ao bem-estar das pessoas, todos começamos a entender que equipas motivadas geram mais e melhores resultados. Não era assim no passado, todos olhavam para os resultados, esquecendo de quem os gera. Essa filosofia mudou muito e tem de continuar a mudar.
Que fatores influenciam a produtividade da nossa empresa no Grupo Volkswagen?
João Melo - Medimos a produtividade em HPU, ou seja, horas por unidade. Daí que o volume diário tem uma grande influência neste indicador, uma vez que todos os colaboradores que entram diariamente na fábrica contam para o resultado diário. A gestão das presenças também é importante, ou seja, só devemos ter cá quem é necessário. Do ponto de vista técnico é garantir que não temos avarias de forma a rentabilizar ao máximo os equipamentos.
Mário Rodrigues - O fator mais importante é sempre os custos da nossa operação. Num momento em que tantos fatores externos influenciam o nosso negocio, temos de ter muito cuidado com o nível dos nossos custos fixos, temos de dar sustentabilidade a curto prazo ao nosso negócio, estando menos expostos às variações do custo de energia, assim como às interrupções da cadeia logística a longo prazo, e temos sempre de reduzir o nosso impacto ambiental, concretizando a nossa estratégia “Way to Zero”. Precisamos de agilidade nas decisões e investimentos estruturantes que nos protejam ao máximo de todos estes fatores externos.
Qual é a importância do papel de cada um dos operadores para a produção da fábrica?
João Melo - É fundamental, cada colaborador tem uma importância máxima para que os objetivos sejam atingidos.
Mário Rodrigues - A importância dos operadores é total. São responsáveis pela qualidade do carro, são quem mais conhece o posto de trabalho, são quem pode contribuir com ideias para redução de custos, são no final quem faz o produto que paga os salários de todos nós. A nossa responsabilidade é suportar os colegas das linhas de produção, proporcionando fóruns para qua as suas ideias possam ser discutidas e implementadas para atingirmos juntos os objetivos da Volkswagen Autoeuropa.
